Um Colega nosso acaba de colidir com o carro. Passou por mim perto do bar do Pezão em Jardim da Penha, buzinou pra me cumprimentar, perdeu o controle na curva e bateu numa árvore. Com ele está tudo bem (fisicamente), mas não é esse o objetivo deste post. Eu só queria dizer que se ele quiser me culpar pelo acidente, ele tem todo o direito de fazer isso. Eu explico o porquê.
Eram 9 da manhã e eu saí do exame médico da CVRD. Pra quem não sabe, o exame é feito em Camburi, na própria fábrica. Pois bem, eu e Igor Paris saímos e fomos para o ponto de ônibus. Eu tinha duas escolhas de ônibus. O 111, que me deixaria na praia, e de onde eu teria que andar um pouco pra chegar em casa, e o 121, que eu não sei onde me deixaria. Peguei o 111. Se eu tivesse pego o 121, eu não encontraria o Nosso Colega no local do acidente, ele passaria direto e nada aconteceria. Entre duas escolhas, escolhi a pior.
Dentro do 111, eu deveria descer no Clube dos Oficiais, que era o caminho mais perto. Acabei passando do ponto e descendo logo depois. Se eu tivesse descido no ponto certo, eu passaria pelo local do acidente alguns minutos antes, NÃO teria encontrado o Nosso Colega e ele não teria batido o carro.
Mesmo tendo feito o "pior caminho" (que é aquele que levaria ao acidente), se eu tivesse andado um pouco mais devagar, ou um pouco mais rápido eu não teria encontrado com o Nosso Colega exatamente naquele ponto em que ele perdeu o controle, e mais uma vez, nada aconteceria.
O ponto em que eu quero chegar, é que de todas as possibilidades de eventos, eu escolhi logo o pior, o único que levaria ao acidente. Isso para mim só comprova o quanto o Universo é esquisito. A probabilidade de todas as ocorrências desfavoráveis ao Nosso Colega acontecerem é muito pequena. E foi a que ocorreu. Escrevo isso poucos minutos depois do ocorrido, porque enquanto andava aqui para casa, esse assunto martelava na minha cabeça. Acho que isso é que é o azar. É quando todas as coisas que acontecem te levam para uma catástrofe total.
