No Discussion

Saturday, September 23, 2006

Mão na Parede!

Acabei de passar por uma situação constrangedora, mas não incomum.
Estava eu levando as malas de umas tias minhas para o ponto de ônibuspara o fato deu estar vestido com minhas roupas naturais de sábado, ou seja, bermudao e mais nada. Estava eu feliz, quando passa uma Radiopatrulha da amável PM do Espírito Santo. Param o carro na avenida e de dentro pulam três meganhas. O Motorista (Chamêmo-lo Samango Genérico 1) vem andando em minha direção com um berro na mão e educadamente grita:

-Você! Mão na parede!

E eu:

-Eu???

E ele:

-É! Você!

Minha Tia tenta argumentar com o Samango Genérico 1, dizendo que eu era sobrinho dela, que só tinha vindo ajudar a carregar as malas e etc..., mas claro, eles estão pouco se fudendo para esses detalhes.

Neste momento eu já estava na posição "Fim-de-Rock" ou seja mão na parede e pés afastados. Atente para o fato de que por mais que seus pés estejam afastados, o Cop em questão vai mandar você afastá-los mais ainda. Aprendam.

Daê Samango Genérico 2 diz:

-Abre as pernas!

Começa o gentil ato do "Apalpa-o-saco-dele-porque-eu-tenho-certeza-que-o-cara-está-escondendo-coisa-aqui", também chamado de "Entrada do Rock". Eu claro, nada tinha nos bolsos, e nada digno de nota dentro das cuecas.

Pois bem, nesse ínterim minha mãe e minhas tias já estavam abrindo um berreiro sem tamanho e meu pai já estava discutindo com o Samango Genérico 1, dizendo que eu era filho dele e não era bandido e coisa e tal. Samango Genérico 1 delicadamente respondia que não importava, que ele estava "trabalhando" e outras coisas que não me lembro pois estava um pouco ocupado no momento. Após isso, tendo Samango Genérico 2 terminado seu trabalho, eles deduziram que de fato, eu, 74 kg de ossos não era de fato uma ameaça a sociedade. Se preparavam para partir, quando minha mãe lembrou de perguntar porque diabos eles tinham feito aquela cena toda.

Samango Genérico 3 respondeu que o citizen que estava no carro tinha feito uma queixa com uma descrição que batia com a minha. Então notei que o cretino que estava no carro tinha ficado quetinho lá. Minha mãe lembrou de chamá-lo de maluco, porque não se deve apontar à toa para as pessoas com três meganhas ferozes ao seu lado, isso é muito feio. Daê eu perguntei a Samango Genérico 1:

-Aê cara, se esse cara apontar pra qualquer um dizendo que é bandido, você acreditra?

E Ele:

-Sim, esse é MEU TRABALHO!

Então eu:

-[IRONIA] Valeu então cara, joinha pra você, que beleza!

E virei para o cretino que tinha ficado no carro, quietinho:

-[IRONIA] Valeu também cara, aponta pra qualquer um mesmo!

Fim de papo, tias desesperadas, mãe desesperada, pai nervoso, e gente no ponto com um misto de susto e vontade de falar mal da polícia.

Pois é povo, a nossa PM faz isso todo santo dia. Eu dei muita sorte, porque pai e mãe tavam perto. Se não tivessem, eu poderia ter sido levado pra DP e tomado pelo menos algumas bolachas. Imaginem se fosse caso de estupro? Geralmente eles botam o infeliz na cadeia e não dá tempo nem de respirar e o sujeito já se fodeu de tudo que é lado.

O que me bola mesmo é que esse tipo de show tá na moda. Todo mundo adora ver na TV gente sendo presa com estardalhaço, como se isso disesse "É a PM trabalhando, cidadão". É uma pena, porque nem sempre a pessoa merece aquela festa toda, mas pro povo, "bandido" merece isso mesmo.

Eu não posso reclamar de truculência nem nada, ninguém me bateu. Mas porra, foi no MEIO da Avenida, dentro do meu bairro e em frente ao lugar onde estudo. Imagine se algum conhecido me vê nessa situação? No mínimo, vão pensar que eu trafico.

Escrevi isso rápido, pra ver se ajuda a passar a raiva. Não funcionou bem, mas acho que ajuda a pensar um pouco.

PS

1-Não raspem a Cabeça
2-Não saiam sem camisa
3-Não andem descalços.
4-Tenham sorte.

E é só.

Thursday, September 14, 2006

Coisinha mais singela

Os Caçadores - Dona Gigi

Se me ver agarrado com ela
separa que é briga, tá ligado?
Ela quer um carinho gostoso
um bico, dois socos e três cruzados,
está com pena leva ela pra casa porquê
nem de graça eu quero essa mulher
caçadores estão na pista pra dizer como ela é

Se me ver agarrado com ela
separa que é briga, tá ligado?
Ela quer um carinho gostoso, um bico,
dois socos e três cruzados,
está com pena leva ela pra casa
porque nem de graça eu quero
essa mulher caçadores estão
na pista pra dizer como ela é

Caolha, nariz de tomada, sem bunda,
perneta, corpo de minhoca, banguela,
orelhuda, tem unha encravada,
com peito caído e um caroço nas costas. Ih!
Gente, capina, despença,cai fora, vai embora,
se não vai dançar,
chamei 2 guerreiros, bispo Macedo,
com padre Quevedo pra te exorcizar e vaza.
Fede mais que um urubu,
canhão, vou falar bem curto e grosso contigo, hein...
Já falei pra vazar
coisa igual nunca se viu e vai pra...
Puxa tu é feia, hein!?

Se me ver agarrado com ela
separa que é briga, tá ligado?
Ela que um carinho gostoso, um bico,
dois socos e três cruzados,
está com pena leva ela pra casa porque
nem de graça eu quero essa mulher
caçadores estão na pista pra dizer como ela é.

Se me ver agarrado com ela
separa que é briga, tá ligado?
Ela quer um carinho gostoso, um bico,
dois socos e três cruzados,
está com pena, leva ela pra casa porque
nem de graça eu quero essa mulher,
caçadores estão na pista pra dizer como ela é.

Caolha, nariz de tomada, sem bunda, perneta,
corpo de minhoca, banguela, orelhuda,
tem unha encravada, com peito caído
e um caroço nas costas. Ih!
Gente, capina, despença, cai fora, vai embora,
se não vai dançar,
chamei 2 guerreiros, bispo Macedo,
cumpadre Quevedo pra te exorcizar e vaza.
Fede mais que um urubu,
canhão, vou falar bem curto e grosso contigo, hein!?
Já falei pra vazar,
coisa igual nunca se viu e vai pra...
Puxa, tu é feia, hein!

puxa tu é feia, hein!
vou fala bem curto e grosso contigo.

Saturday, September 02, 2006

Coisas da UFES

Amazing, but true!

Relatório de Ciências do Ambiente

Aluno: Vitor Alves Vianna
Turma: Engenharia da Computação
Professor: Mauricio


Introdução

O objetivo principal deste relatório é descrever e possivelmente interpretar todas as questões discutidas na aula de campo do dia 01/09/2006 e dar uma visão pessoal das agressões ao ecossistema vistas pelo autor do relatório, e alguns comentários pessoais do mesmo.

Primeira Parte – Sistema de Esgoto Ineficiente

Durante o trajeto até a saída da UFES, pudemos verificar a ineficiência do sistema de coleta e tratamento de esgoto nos edifícios da UFES. Ao todo vimos quatro “linhas negras” de esgoto que despejam seu conteúdo direto no manguezal. Isso causa desequilíbrio ecológico, haja vista que os poluentes do esgoto são assaz nocivos ao ecossistema.
Segundo dados do professor Mauricio, 95 % dos prédios da Universidade despejam o esgoto in natura no mangue. É muita merda. A exceção à regra são dois prédios próximos ao Centro de Línguas que utilizam um sistema de fossa-filtro (provavelmente areia e cascalho) e despejam um resíduo ecologicamente correto. Assim frequentemente um caminhão tem de recolher a parte sólida que foi filtrada e despejar num aterro sanitário.

Parte Dois – Pedras que Cantam.

Passando pelo Clube dos Servidores subimos até uma pedra (floração rochosa) que serve como base para cactos e orquídeas. Vimos ali a semente do mangue, que é pontuda para fincar no lodo e se desenvolver.

Parte Três – O Circo da Imprensa.

Na Gráfica da UFES os dejetos são jogados direto no mangue. E isso não é muito legal, porque os restos de tinta contêm metais pesados (chumbo, estrôncio, mercúrio e etc.), que são “ligeiramente” prejudiciais à saúde. Por exemplo, o caranguejo que come o lodo contaminado pelo esgoto da Gráfica fica com partículas desses metais no corpo. Ao serem comidos pelos amantes de uma baita caranguejada transferem essas partículas de metais para os corpos de seus algozes. O Acúmulo desses materiais pode causar problemas respiratórios, neurotóxicos, câncer e morte, mas tirando isso, não tem problema algum.

Parte Quatro – A ella le gusta la gasolina.

Há na UFES duas bombas de combustível desativadas. No passado recebiam gasolina e álcool fabricado numa fazenda da UFES. Como alguns vagabundos começaram a roubar combustível, como era de se esperar, o serviço foi desativado, o que não era necessariamente de se esperar. Mas as bombas lá ficaram oxidando. Com isso, o combustível residual vazou e foi parar no meio do mangue. Como se ele não tivesse problemas suficientes.
Além disso, há um local nas proximidades onde ocorre lavagem e troca de óleo de carros. Tudo muito bom, mas falta o detalhe do separador de água e óleo, obrigatório mesmo na espelunca mais furreca, mas que não está presente na oficina da UFES. O óleo no mangue barra a entrada de oxigênio, matando tudo que respira no lugar. Limpar o óleo do Mangue é muito difícil.



Parte Cinco – Coluna! Todos pra Cima! Acelerado! Marche!

Enquanto batia o recorde mundial de trekking, o professor Mauricio nos levou até uma pedra que fica perto do Planetário. Aliás, perto é modo de dizer, fica é longe aquela bagaça. Subimos por um longo caminho e do alto da pedra, após interromper um grupo que se preparava para “fazer a cabeça”, se é que me entende, pudemos ver o encontro da água salgada do mar com a água doce do rio, o que de fato é o ambiente propício para o manguezal se desenvolver. A vista lá de cima é muito bonita, vale o caminho.
Adendo: Uma das pessoas que se preparam para ver gnomos era muito maneirinha.

Parte Seis - You saw the forest now come inside

Ao invés de fazer o caminho de volta, pegamos um desvio que passava por uma trilha no meio da mata. Havia muitos animais barulhentos, mas todos eram apenas estudantes de engenharia. Saímos nunca clareira, atrapalhando outro grupo que se preparava para viajar no meio da cabeça do cometa, girando na carrapeta do jogo de improvisar. Deduzo que o local é muito utilizado para esse fim, mas entristeceu-me a quantidade de lixo jogado no chão. Achava que esses fãs de Bob Marley eram mais limpos.

Parte Final - O Grande Lago.

Por Fim, chegamos ao lago da UFES. Artificial e pouco fundo, ele infelizmente é impróprio para banho. Não obstante, lá vivem muitas espécies de peixes. Assim as aves próximas aproveitam para fazer o banquete. Uma delas foi Maria Antônia, uma pata selvagem. Estou apaixonado por ela.


Conclusão

Enfim, isso foi tudo. Admira-me na verdade a resistência do mangue, que está lá firme e forte, apesar de tomar bordoada de tudo quanto é lado.
Professor, se este relatório descamba às vezes para bobagem pura e simples eu peço desculpa. Eu tento sempre conciliar a parte séria com o natural e saudável exercício da babaquice.

Até a Próxima